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 Quem é Deus para você?

É chegada a hora de purificarmos a imagem de Deus que nos passaram nossos antepassados. Recebemos deles a imagem de um Deus distante, severo, um Deus polícia que fica à espera que erremos para nos punir com o fogo do inferno.Quantas vezes, quando crianças ouvimos: “Que coisa feia você fez! Deus castiga!” “Não faça isso que Deus castiga!” Mas será que é essa a concepção de Deus que Jesus nos passou?De forma alguma! O Deus que Jesus anunciou é o Deus que é pai e mãe ao mesmo tempo. Um Deus pai e mãe que cuida dos lírios do campo, que veste as flores de cores, que cuida de nós com uma ternura infinitamente maior do que cuida dos pardais, que não deixa jamais de atender a uma prece. “Deus é amor”, dizia João à sua comunidade. E amor significa paciência, significa espera, significa correr atrás, significa curar feridas, significa conhecer pelo nome... e vai por aí afora.Então, é hora de dizermos a nossos amigos e amigas:Deus ama você com um amor sem fim. O que você faz de errado não diminui o amor de Deus por você. Nem o que você faz de bom aumenta esse amor, porque o amor de Deus por nós é sempre o mesmo. Devemos amar a Deus em resposta ao seu amor. Devemos praticar o bem e evitar o mal, não porque Deus castiga, mas porque Deus não merece uma resposta nossa que não seja uma resposta de amor a Ele e ao próximo, nosso irmão.Sabe,  eu acho que quando nós entendermos isso, nossa vida cristã vai crescer em qualidade, porque nós iremos viver a nossa fé como resposta de amor ao amor dado por Deus. Quando entendermos o quanto somos amados por Deus nós iremos procurar ser “a cara do pai”, vamos procurar ser parecidos com esse Pai que ama todos os seus filhos e faz chover sobre os bons e os maus.Mais uma coisinha, este tempo em que vivemos é o de experimentarmos o amor, a ternura, a misericórdia e a bondade infinita de Deus. Um dia seremos chamados a prestar contas com Deus. Então será o tempo da justiça. Deus, no seu amor infinito, não quer nem condena nenhum de seus filhos e filhas ao inferno da solidão, do desamor... Somos nós, seus filhos, que nesta vida fazemos a nossa escolha. Uma vida de amor a Deus e ao próximo em resposta ao amor que Deus tem por nós ou uma vida longe desse Deus de indiferença ao seu amor, de fechamento para os irmãos. A escolha que fizermos nesta vida vai ser a escolha que marcará a nossa vida na eternidade. E vamos nos deixar amar por Deus, vamos experimentar esse amor e corresponder a ele. Um dia um dos seus amigos decidiram definir Deus em uma só palavra quando disse: "Deus é amor!".

 

 

 

           

"LANÇAI AS REDES!"

  S. João 21.1-19

 

 IV DOMINGO DA PÁSCOA

(Sermão pregado em São Paulo no dia 22 de abril pelo Pr.Marcio Retameto Lider pastoral interino da ICM Betel Rio de Janeiro)

 

Irmãos e irmãs em Cristo Jesus,

 

          Muito feliz estou nesses dois dias que juntos compartilhamos sobre as riquezas do Evangelho de Cristo Jesus que a ninguém exclui, ao contrário, sempre incluiu os pagãos, os sujos, os doentes, os maltrapilhos, os andarilhos, os marginalizados! Durante esses dias eu tenho percebido cada rosto aqui estampado e tento, na minha humanidade crente, imaginar a história de vida de cada um e cada uma de vocês! Penso em suas vidas pregressas, quando andavam errantes em outros caminhos e em outras religiões. Penso no sofrimento que lá passaram e o quanto já andaram chorando até aqui! Mas glória a Deus pelo amor infinito que tem por todos nós, por ter nos guardado até aqui e nos revelado Suas Verdades que jamais mudam! Glória a Deus por cada vida aqui presente e por essa maravilhosa revelação: o autêntico Evangelho!

 

          No Evangelho de hoje, S. João 21.1-19, duas cenas são narradas. A primeira, nos lembra o chamado dos primeiros discípulos de Cristo enquanto labutavam em seus afazeres cotidianos, foram chamados para serem pescadores de almas, de homens e responderam positivamente a este chamado, levando o Nome de Jesus para todas as nações. A segunda cena, vemos um duro diálogo entre Jesus e Seu Apóstolo Pedro, um diálogo tenso, pois Pedro havia negado o Senhor, mas agora, o Amor Inclusivo de Deus vai ao encontro de Pedro, o reabilita e o comissiona a pastorear, cuidar e amar as ovelhas: tanto as perdidas da Casa de Israel quanto as que não eram daquele aprisco.

 

          Na primeira cena, Jesus pela terceira vez depois de Sua Gloriosa Ressurreição dentre os mortos, novamente aparece aos Seus. Eles estavam labutando, trabalhando, como sempre fizeram, no Mar de Tiberíades, pescando peixes para comer. Nada apanharam, embora a labuta noite adentro. Amanheceu e estava esperando na praia o Mestre, nosso Salvador. Perguntou este se eles tinham algo para comer, diante do fiasco da pescaria, a resposta foi óbvia. Então, o Senhor dá sua ordem, seu comando: "Lançai a rede à direita do barco, e achareis". Assim fizeram, nos narra S. João, e era tão grande a quantidade de peixes que não podiam mais puxar as redes. Depois da pesca milagrosa, voltaram à praia e Jesus então lhes ofereceu comida, alimentando-os.

 

          Como discípulos de Cristo hoje, estamos também aqui, na Missão da ICM SP nesses dois dias, labutando. Estamos aqui fazendo a mesma pescaria, o mesmo trabalho daqueles Doze. Estamos em nossa missão, pescando almas, homens e mulheres num Mar chamado Mar da Exclusão da Religião, Mar do Desamor e do Desafeto, Mar do Preconceito ou Mar da Religião Farisaica! Estamos aqui, sob o comando do Salvador Ressurreto lançado nossas redes à direita dessa barca chamada Igreja da Comunidade Metropolitana e tantos são já os peixes, que damos glória a Deus por esse milagre. Nossa rede também não se rompe com a quantidade, pois a linha, matéria-prima da nossa rede, é a linha do amor de Deus, do Espírito de Deus e do amor que temos uns pelos outros.

 

          A grande aventura iniciada em 1968 em Los Angeles/EUA pelo discípulo de Jesus, Rev. Troy Perry, continua hoje, no Brasil e em outros 22 países do nosso planeta"; de 1968 para cá, muitos desafios a ICM enfrentou e agora enfrenta! Em 1973, a ICM LA, nossa Igreja-Mãe, estava em seu terceiro templo naquela cidade. Mas agora, a festa tinha um sabor diferente, pois era a igreja, o santuário dos sonhos de qualquer comunidade: belos vitrais, grande salão, belo púlpito e instalações corretas para uma igreja. Logo após o culto inaugural, uma tragédia! Num criminoso incêndio, fundamentalistas movidos pelo ódio e pela síndrome de Lúcifer, queimaram a bela igreja. Fala, aliás, grita bem alto a inesquecível e impressionante fotografia do Rev. Troy em meio aos escombros e cinzas. Questionado por uma repórter, sobre o que viria a seguir, o que aconteceria, Rev. Troy respondeu: "WE WILL SURVIVE!" Glória a Deus! Sobrevivemos e estamos agora aqui no Brasil, levando a mesma mensagem a vocês e a todos os outros e outras que ainda vivem no mar da exclusão religiosa e do preconceito, crendo na mensagem diabólica de uma igreja que há muito se curvou ao comando do Príncipe das Potestades do Ar, que Deus não nos ama!

 

          O mesmo brado que saiu da boca do Reverendo Troy, sai agora dos nossos lábios, do nosso peito e da nossa gana: NÓS SOBREVIVEREMOS! Este é o grito dos nossos irmãos e irmãs da Jamaica que agora luta pelo direito a uma Igreja que os inclui no amor de Deus. É o mesmo brado dos europeus orientais que após décadas de regime ditatorial saem às ruas enfrentando todos pelo direito de existir. É o mesmo grito dos excluídos e excluídas pela religião no Brasil, que hoje se reúnem neste santuário para juntos nos capacitarmos para a pescaria sagrada que temos que fazer em nossas cidades! SIM, NÓS SOBREVIVEREMOS e sob o mesmo comando, sob a mesma Palavra de Deus, lançaremos nossas redes, sujaremos nossas mãos e nossos pés nesse mar de lodo, nesse mar da vergonha, nesse mar do desamor e do ódio chamado exclusão, para buscar os nossos peixes que lá se encontram! Nós não tememos os tubarões que encontraremos, pois a ordem é clara e a nós somente cabe a obediência! Nós continuaremos a pescar!

 

          Tal qual Jesus fez àqueles, faz agora conosco, nos alimentando pela Santa Eucaristia, nos fortalecendo através desse Sacramento, para podermos ter forças e vigor! Nós com certeza hoje semeamos com choro e pranto, mas temos a plena certeza e visão, que voltaremos alegres e com sorrisos nos lábios, trazendo em nossos braços nossas redes que não se rompem e que estão lotadas dos peixes que Ele já conquistou através de Sua Graça para nós! Estamos fortes porque a cada domingo Ele nos alimenta com este Santo Sacramento e nos envia para transformarmos este mundo!

 

          Durante esses dias eu tentei visualizar a história de cada um que aqui está: pensei nas noites de oração suplicante para que Ele nos 'convertesse' em heterossexuais; pensei nas palavras duras que ouvimos daqueles que mais nos amam, nossa família; pensei nas vezes que olhando para nós mesmos nos nossos espelhos, pedíamos para não mais existirmos, pois era melhor morrer que pecar; pensei naquele domingo ou naquele dia que cheio de alegria nos entregamos a Cristo e nos sepultamos com Ele pelo Batismo, para Nele vivermos mortos para o pecado; pensei em outro domingo ou naquele outro dia em que nossos julgadores nos lançaram fora da comunhão das nossas antigas Igrejas, fechando as portas para nós e nos jogando no mar de lodo e lama do desamor! Mas glória a Deus, nós sobrevivemos, estamos hoje aqui, bradando nosso grito de guerra que sobreviveremos a tudo isso e prontos para sob o comando e sob a ordem de Cristo, lançarmos nossas redes e pescarmos outros peixes! Em nome de Jesus, pois, vos rogo, lançai vossas redes! Com força, com vigor, com gana e com fé!

 

          Na segunda cena do Evangelho de hoje a pergunta de Jesus a Pedro é a mesma que Ele nos faz hoje: "Tu me amas?" E Ele insiste na pergunta: "Tu me amas?" Qual é a sua resposta hoje a pergunta de Jesus? Se a sua resposta a pergunta de Jesus é a mesma de Pedro: "Sim Senhor, tu sabes que te amo!", então a ordem de Jesus para você é a mesma hoje: "Apascenta, cuida e pastoreia minhas ovelhas!" Qual a sua resposta? O que você fará diante disso? Em nome de Jesus, nós temos que obedecer a ordem! Ela é clara e cristalina! Lá fora, irmãos e irmãs, são muitos os peixes que nadam no mar das drogas, dos dark-rooms, da prostituição, do desespero, do desamor, do preconceito, da falta de um ombro amigo, da falta de Deus, do ódio dos religiosos, enfim, esse mar horroroso está cheio de peixes que sofrem e nosso dever, nossa paixão e nossa labuta é ir até eles com nossas redes de amor e de fé, de coragem e de poder do Espírito e pescá-los e pescá-las! Se nós amamos, e eu creio que amamos, pois primeiro fomos amados, nós obedeceremos: nós pastorearemos, cuidaremos e apascentaremos as ovelhas do Aprisco do Senhor!

 

          Teremos inimigos, teremos sim! Teremos ventos contrários, ah eles virão! Queimarão nossas igrejas ou nos apedrejarão, nos matarão, nos machucarão, como estão fazendo com nossos irmãos e irmãs na Jamaica! Sim, eles vão tentar calar nossas vozes de todo jeito! Eles virão pra cima de nós com tudo! Mas nós temos o mesmo poder e a mesma força do Espírito que teve o Reverendo Troy Perry naquele janeiro de 1973! Nós temos o mesmo espírito e a mesma gana que move os irmãos e irmãs da Jamaica! Temos o mesmo espírito e o mesmo vigor de Martin Luther King Jr. e de Madre Tereza e de todos os mártires do cristianismo! PODEM NOS MATAR! O SANGUE DOS MÁRTIRES É A SEMENTE DA IGREJA! NÓS SOBREVIVEREMOS!

 

Receba hoje, meu irmão e minha irmã, a força que vem do Alto! O Fogo do Pentecostes continua caindo hoje e cai agora sobre esta Igreja! Nós não temos mais medo, não estamos mais trancados no Cenáculo! Nós estamos recebendo o Fogo e o Poder do Alto para pregarmos as Boas Novas do Evangelho autêntico e o faremos! Hoje o Senhor nos comissiona e nos envia a este mundo e a este mar da dor e do sofrimento como pescadores de almas, para resgatar aqueles e aquelas que são Dele e lá sofrem! Em nome de Jesus, em nome do Deus Triúno: avante! Vamos! Lancemos nossas redes!

 

Aleluia! Amém, amém e amém!

 

SOLI DEO GLORIA!

 

 

 

 

Pr. Márcio Retamero

Líder Pastoral Interino da Missão ICM BETEL  do Rio de Janeiro

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Jesus, o Ninho do Espírito e o Reino

Lucas 3:22: o Espírito Santo desceu sobre ele na forma de uma pomba e uma voz do céu disse: Tu és o meu Filho muito amado. Em ti tenho grande prazer.

Como as demais pessoas, nós, os cristãos e cristãs, sofremos a situação de ambigüidade em nossa vida, temos as dívidas que todos tem.
Mas temos a experiência de que com Jesus Cristo, chegou a nova humanidade, o reino esperado, a inclusão radical em Deus, a salvação.

Porque Jesus viveu e murreu com amor e liberdade que não deixam dúvidas e nEle a humanidade realiza sua vocação essencial: estar incluída em Deus, por obra do Espírito Santo. Ou de outra maneira, podemos dizir: "Não há, sob o céu outro nome dado aos homens pelo qual nós davemos ser salvos" (Atos 4, 12). Com esta fé, os primeiros cristãos e cristãs enfrentaram a dura realidade da exclusão e a alienação. Paulo, em sua Carta aos Romanos pergunta, manifestando sua angustia: "Pobre de mim! Quem me libertará deste ser meu, instrumento de angustia?" (Rm 7,24).

E aqui vem a novidade daa experiencia cristã: Jesus Cristo é a entrada de Deus mesmo na história sufredora dos homens e mulheres para libertá-los e salvá-los de sua exclusão, alienação e limitações. Há já uma realidade nova: onde havía escravidão, reina hoje a liberdade; ea lei fica superada pelo Espírito; tribulação, angustia, medo, exclusão, perseguição, ficam destruídos pelo amor de Deus "manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 8, 31).

E assim, em Jesus Cristo, homens e mulheres, desde sua realidade, e com sua realidade, são convocados e convocadas para formar a igreja, "corpo espiritual" do Ressuscitado na história. É o novo povo de Deus, integrados por pessoas de todas as condições sexuais, raças, nações...
Jesus Cristo é a pedra angular em que todos os batizados encontram consistencia. A Igreja é o "povo adquirido", "povo de Deus" onde se dão a libertação e a inclusão esperadas.

Quando Jesus foi batizado no Jordão, "desceu o Espírito Santo sobre Ele", "em forma de pamba" e isto nos recorda o Espíritu que revoava sobre as águas primordiais da criação, mas mais quer dizer que Jesus é o ninho, o lugar do Espírito, por isso o Batista disse que viu "o Espírito descer do céuo como pomba e pousar sobre Ele".

"Tu es meu Filho amado, em quem tengo prazer". Esta confissão corresponde ao que Jesus manifestou em sua vida: "sua intimidade única com o Pai" e sua solidariedade com todos os excluídos e afastados da sociedade e da religião. Jesus manifista a originilalidade da experiencia na proximidade com Deus com Deus e desta experiencia de proximidade irrompe o amor gratuíto de Deus, irrompe o amor gratuíto de Deus ali onde ninguém o espera. O pai do filho pródigo e o dono da vinha que paga a diária completa tambem ao que chegou tarde ao trabalho revelam a experiencia de Deus que viveu Jesus: a Justiça do Pai brota e encontra perfeição em sua entranhável misericórdia.

O prazer, as complacencias, a alegria do Pai, em Jesus, é que por sua vida, seu martírio e seus ensinamentos, nós encontramos esperanças para vencer todas as exclusões, todas as alienações, toda a injustiça, toda a marginalização, e se criará uma nova humanidade de homens e mulheres livres que não mais se adestrarão para a guerra, e sim que se relacionarão como irmãos e irmãs.

O batismo de Jesus "quando todo o povo se batizava" (Lc 3,21), sugere assim a solidariedade de Jesus com todos os e todas as que se aproximavam para formar a nova humanidade, "as pessoas do Reino", fazendo sua a causa do pobre e do excluído para estar na comunidade dos homens e mulhres livres e irmanados com a paz e a justiça.

O céu que se abre, para que a "pamba" venha, evoca o véu do Templo que se rasgou "de cima abaixo", para que desaparessão, definitivamente, os muros que separam aos homems, se acabam as discriminações, chega o reinado de Deus.

Amém. Aleluia!

Rev. Gelson Piber

Coordenador de Implantação de Igrejas

No Brasil e Pastor da Missão ICM - Niterói RJ

 

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Você  é  Normal?

Houve um tempo em que ser canhoto era considerado um sinal demoníaco. Crianças canhotas tinham a mão esquerda amarrada para obrigá-las a escrever com a direita. Canhotos não eram "normais". Houve um tempo em que se ensinava que a masturbação era um pecado terrível e levava à loucura. Masturbação não era "normal". Há menos de um século era senso comum que a mulher não tinha capacidade mental suficiente para votar. Mulher querer estudar não era "normal". Até há pouco mais de 100 anos, os negros eram considerados inferiores e sujeitos à escravidão. Negro querer ser livre não era "normal".

Mas o que é "normal"? A palavra "normal" vem de "norma", "regra". E o que são normas e regras? São apenas aquilo que uma sociedade determina como sendo o comportamento comumente aceito naquele momento, naquele lugar. Com relação a todas as "normalidades" descritas acima, hoje é comumente aceito que aquilo estava errado, e ninguém questiona mais o direito do canhoto, da mulher ou do negro.

Atualmente determinados setores conservadores religiosos vêm a público para dizer que ser homossexual não é "normal". Baseados em quê dizem isso? Baseados em manuscritos com quase 3.000 anos de idade, escritos em uma época que absolutamente nada se sabia sobre genética e psicologia, uma época em que era imperativo ter o máximo de filhos possíveis para povoar uma terra antes que outros povos o fizesse. As circunstâncias daquele tempo eram totalmente diferentes do ambiente que enfrentamos hoje, e precisamos rever os nossos conceitos.

Em primeiro lugar, há pesquisas indicando que a proporção de indivíduos homossexuais em qualquer sociedade estudada e em qualquer época é sempre constante (entre 5 e 10%), não importando se reprimido ou tolerado. Também se sabe que a teoria de que determinadas circunstâncias desencadeavam a homossexualidade, como mãe dominadora e pai, ou ausente, ou muito violento, já caiu por terra há 30 anos. A psiquiatria deixou de considerar a homossexualidade como um distúrbio mental há várias décadas.

Parece que está na hora das pessoas comuns saberem mais sobre o assunto. Está na hora do assunto ser tratado mais abertamente pela mídia. Afinal, qual a origem da homossexualidade? Tem que ser algo muito forte, se acontece apesar da repressão e do preconceito, e não se pode dizer que é mau exemplo, pois praticamente todo homossexual foi criado e educado por pais heterossexuais.

Há muitas pesquisas recentes, inclusive no campo da genética, que lançam alguma luz sobre o assunto, e que ajudariam as pessoas a compreender que a homossexualidade não é uma escolha propriamente dita, mas algo que a pessoa simplesmente é.

 

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Por que ninguém quer compromisso?!

Parece que as prateleiras estão cada vez mais abarrotadas deste “empoeirado produto”: ‘compromisso’! Virou moda não querer... dispensar... E quem se arrisca a assumir algum, parece ficar um tanto deslocado, sem saber como agir, pra onde ir, com quem falar...
Mas será mesmo que se comprometer é uma opção? Não lhe parece que o compromisso é condição inata? Não estar comprometido com alguém ou alguma coisa já não seria o próprio compromisso assumido?
Ok, vou me explicar! Por mais que se tente afirmar que a liberdade é o oposto do compromisso, isto não passa de uma ilusão, uma tentativa insana de se apegar a uma condição impossível de existir. Estar vivo já é um compromisso. Não se pode ser livre sem - antes - estar comprometido.
Tá... estou falando mesmo de relacionamentos afetivos, mas também da vida de modo geral. Só se vive, só se faz história, só se deixa marcas quando se assume compromissos. O compromisso de crescer é o primeiro. Andar, falar, escrever, ler, fazer amigos, enfim, amadurecer enquanto pessoa.
Depois, os amores, as paixões, as relações. Dentre isso tudo, as decepções, as vitórias, as alegrias e as dores. Tudo isso é vivido como compromisso. Acontece que, de uns tempos para cá, virou moda aderir à comunidade onde a lei é não se comprometer.
As pessoas – e não só os homens – dão-se o direito de fazerem o que quiser, como se isso fosse sinônimo de auto-estima, auto-respeito ou amor-próprio. Não é! Definitivamente, não é nada disso!
Outro dia, ouvi o seguinte: uma mulher conversando com uma amiga. Uma estava contando para a outra que havia reencontrado um ex-namorado, que não via há algum tempo. Ao que a amiga perguntou “e aí, ficaram juntos?”. Ela respondeu “não, não... ele está namorando”. E sabe o que a amiga respondeu, com a boca cheia e até espantada?!? “E daí?!?”
Gente, espantada fiquei eu. Olha, eu realmente não sou pudica nem muito menos santa, mas peraí! Cadê as referências? Cadê os parâmetros? Cadê os corações? Não estou falando de regras hipócritas, mas de escolhas, de ética, de valores, de compromisso!!!
Parece que estamos enxergando o mundo como uma imensa vitrine de doces. Tem vários, um mais apetitoso que o outro. Diversas opções. Difícil escolher, é verdade! E se não bastasse o desejo de comer todos, ainda entramos no conflito de que não queremos engordar; precisamos manter a forma. Daí, acreditamos que dar uma mordida em cada um resolve todas as nossas angústias.
Ou seja, trazendo a metáfora para os relacionamentos, existem muitas pessoas interessantes, que beijam bem, que sabem seduzir e dar prazer... Parece que passamos a acreditar que temos o direito de experimentar todas. Um dia cada uma. E, ao mesmo tempo, não queremos nenhuma. Não assumimos nenhuma.

Sustentamos a falsa impressão de que isso satisfaz muito mais do que escolher apenas um doce, mas sabemos – e sentimos! – a real conseqüência desta imprudência: uma baita dor de estômago e uma “senhora dor de barriga”. As sensações de solidão, vazio e incompetência só aumentam.

Não estou sugerindo que todo mundo deva assumir um compromisso agora e nunca mais ‘ficar’ com ninguém. Não se trata de radicalismos ou extremismos. Sugiro apenas uma reflexão: será mesmo que você não quer comer doce ou será que quer todos?

Sinto muito em dizer, mas ninguém pode ter ‘tudo’ e o ‘nada’ também não satisfaz! Chega o momento em que temos de fazer escolhas, porque são elas que nos permitem amadurecer, evoluir e ser felizes. Minha sugestão é para que você se comprometa e aponte o doce que realmente quer. Saboreie-o com calma, sentindo a deliciosa oportunidade de se comprometer com ele.
Entregue-se a esta escolha e usufrua do sabor peculiar e imperdível que pode existir no amor...

 

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